O ciclo de vida do vidro é um exemplo de sustentabilidade e economia circular, onde cada embalagem usada pode ser reciclada para produzir novas embalagens, num ciclo fechado e infinito sem qualquer perda de recursos.
Ao reciclar as embalagens de vidro, os consumidores contribuem para este ciclo fechado, que economiza recursos naturais e reduz impactos ambientais. O uso de casco de vidro na fabricação de novas embalagens permite:
A colaboração entre todos os parceiros da cadeia de valor é essencial para garantir que o vidro continue a ser reciclado de forma eficiente e sustentável. A Plataforma Vidro+ apresenta um esquema elucidativo do ciclo de vida do vidro, ao longo da sua cadeia de valor e consumo.
A fabricação das embalagens de vidro é um processo altamente tecnológico e envolve várias etapas, desde a fusão das matérias-primas até à expedição das embalagens finais.
As embalagens de vidro são adquiridas pelas indústrias de alimentos e bebidas, farmacêutica e de cosmética, para serem cheias com os seus produtos.
Os produtos embalados em vidro são distribuídos pelos diversos pontos de venda, desde restaurantes a hipermercados, entre outros.
Os consumidores compram e utilizam os produtos embalados em vidro, procedendo depois à sua colocação nos equipamentos de recolha seletiva.
As embalagens de vidro usadas são recolhidas seletivamente e transportadas para um silo de armazenamento.
Nesta etapa, o casco (embalagens de vidro usadas recolhidas) é tratado para ser depois utilizado no fabrico de novas embalagens de vidro.
Composição: O vidro de embalagem é fabricado apenas a partir de matérias-primas naturais como areia (sílica), calcário (carbonato de cálcio) e soda (carbonato de sódio), bem como a partir do próprio casco de vidro (vidro reciclado).
Fusão: As matérias-primas são fundidas em fornos a temperaturas de cerca de 1600°C. Esta etapa dá origem a uma massa vítrea que flui através de canais aquecidos, que alimentam as máquinas de moldação.
Moldação: A massa fundida é distribuída através do dispositivo de corte gota a gota, para moldes específicos.
Recozimento e Controlo de Qualidade: Após a moldação, as embalagens são arrefecidas lentamente (recozimento) para se evitarem tensões internas. Em seguida, passam por uma rigorosa inspeção de qualidade, tanto manual como automática.
Paletização e Transporte: Na fase final do processo, as embalagens são agrupadas, acondicionadas e enviadas do armazém para o cliente, o Embalador.
Embalamento: As embalagens de vidro são cheias com o respetivo produto, fechadas, rotuladas e preparadas para distribuição no Mercado.
Para o embalador, a embalagem é parte integrante do seu produto, pelo que não deve ser enquadrada separadamente do par “produto-embalagem” que forma com o seu conteúdo. As embalagens, através das suas funções essenciais, garantem e satisfazem exigências de segurança, higiene, conveniência e conforto.
Distribuição: Os produtos embalados em vidro são transportados para os respetivos pontos de venda: supermercados, lojas, restaurantes e outros estabelecimentos, garantindo assim que chegam ao seu consumidor final.
Consumo: Imediatamente após a compra, ou após um período de armazenamento mais ou menos longo, os bens são consumidos, sejam eles alimentos, bebidas, produtos farmacêuticos ou de cosmética, e a respetiva embalagem que os conteve passa a ser considerada um resíduo de embalagem.
Nesta fase, é solicitado ao consumidor a sua colaboração, separando essas embalagens de vidro e colocando-as nos equipamentos de recolha seletiva, normalmente o vidrão/ecoponto verde, ou via recolha porta-a-porta, para serem posteriormente recolhidas pelas entidades municipais responsáveis.
Recolha Seletiva e Transporte: Os sistemas municipais, autarquias ou empresas contratadas para o efeito procedem à recolha das embalagens de vidro separadas pelo consumidor, através do regime de porta-a-porta ou de proximidade (vidrão, ecoponto verde) e ao seu transporte para os silos municipais, onde ficam armazenadas para posterior envio para as Unidades de Tratamento.
Tratamento e limpeza: O casco é separado por granulometria e sujeito a operações de remoção de todos os contaminantes – rótulos, gargantilhas, tampas, rolhas, e ainda outros materiais que, inadvertidamente, foram colocados no vidrão/ecoponto verde, de forma a obter, no final do processo, uma matéria-prima secundária pronta para ser diretamente introduzida no forno e dar origem a novas embalagens de vidro.
Final:
Reciclagem e fabricação: No caso das embalagens de vidro, a reciclagem final corresponde exatamente ao processo produtivo da sua fabricação, mas com várias vantagens ambientais: o uso de casco de vidro permite reduzir a utilização de matérias-primas virgens, da energia utilizada e ainda das emissões de CO2 associadas ao processo produtivo. A reciclagem das embalagens de vidro é um exemplo de economia circular, por estas serem 100% e infinitamente recicladas, sem perda de características ou qualidade.
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